segunda-feira, 9 de maio de 2011

Nota de falecimento

domingo, 13 de junho de 2010

A chuva varre tudo, mas hoje não chove. O vento leva tudo embora, e nessa noite me sinto em meio a um vendaval.
Sinto-me ingênua, confusa. O vento passa e, tudo que está no caminho, carrega com ele, sempre, sempre. Me sinto ingênua mais uma vez. Me sinto seca e vazia. Sonhava com tudo e acordei no nada.
Não tenho créditos para reivindicar, fui avisada com antecedência que o vento não é bonzinho e, passaria violentamente por mim. Passou.
Ele é branco feito defundo. Se esconde naquele corpo morto, não quer ser visto, não quer amar, não quer ser amado.
Todos podem ver que já está morto, embora ainda caminhe, fale, respire, coma, mije, vomite, peide, durma, ronque, beije, trepe.
"É como as pessoas que são enterradas e os familiares ficam pagando aluguel do cemitério".

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