segunda-feira, 9 de maio de 2011

profundíssimamente ausente

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Um copo d'água e litros de lágrimas inundando os lençóis.
Se lambuza de porra, de cheiros, de corpos, de mijo, de merda, de náusea.
Transfere a dor e a falta de amor no cigarro tragado.
A vida é bela: ele profere com a canção que se engana e dissolve sua melodia incerta e desiludida no cômodo vazio.
Cicatrizes alheias são instigantes, é encantador quando se passa a mão naquela pele morta, retorcida e sofrida, lutando para não deixar escapar mais nenhuma gota de sangue.
Bebe-se do sangue perdido. Bebe-se de vinho barato. Bebe-se de vento. Bebe-se de saliva de bocas desesperadas que não sabem onde estão e porquê estão.
Morre-se de gozo, de cansaço, de ausência, de desgosto, de conformação com o tudo que é nada.

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